terça-feira, 29 de junho de 2010











Há algum tempo fomos em Siena e San Gimignano, cidades que ficam na Toscana e apresentam contruções medievais. Aqui estão as fotos de San Gimignano, que como conjunto me agradou muito e me pareceu mais homogênea que Siena. A foto em que apareço é da Piazza della Cisterna, centro da cidade antiga. Se vê ao fundo da foto, no centro da praça, um pequeno poço. Naquele tempo, as famílias nobres da cidade construíam torres para expressar o seu poder e riqueza e competiam entre si para contruir torre mais alta nos séculos XII e XIII (foto). A partir do século XIV a economia da cidade entrou em declínio, e ficaram apenas estas edificações como testemunhas do seu rico passado. Coloquei também uma foto da fachada da Igreja Collegiata, na Piazza del Duomo, em cujo interior se encontram muitas pinturas importantes. Andando pelas ruas estreitas desta cidade sentimos o tempo recuar um pouco. Como é ponto turístico menos famoso que Siena, senti menos agitação. Na cidade tem um museu criminal famoso com objetos usados para cumprimento de pena de morte e tortura na Idade Média. Não fui para não estragar o clima alegre em que estávamos. Quem vier a Siena deve incluir no roteiro uma visita a San Gimignano.

sábado, 19 de junho de 2010







Dessa vez o papa não me escapou! Acompanhei Dom Walmor e Dom Joaquim na visita ad limina e tive a oportunidade de cumprimentar e falar rapidamente com Bento XVI. Nesta visita, os bispos apresentam um relatório quinquenal da diocese. Fomos recebidos na Biblioteca pessoal do papa, depois de atravessar diversas salas no interior do Vaticano. Quando entramos, o papa se dirigiu a cada um perguntando o que estudávamos em Roma, fazendo em seguida um comentário de estímulo ou falando da importância da respectiva área. No meu caso, disse: "deve aprender muitas línguas", "sim, tantas" respondi. "É um trabalho difícil, mas importante" concluiu. Depois deu de presente um terço, enquanto o Pe. André ria porque, estando um pouco emocionado, acabei errando a mira e, ao invés de um beijo, dei uma bela narigada no anel do papa. Feitas as fotos, saem os padres deixando os bispos a sós com o papa para discutirem as coisas da diocese. A visita é acompanhada por um secretário que faz também o papel de tradutor, enquanto um outro secretário fica do lado de fora conosco fazendo sala. No caso, eram padres portugueses. Achei muito significativo este contraste: num ambiente ricamente adornado, contendo inclusive originais de quadros e esculturas de grandes artistas, encontrar no papa e nos seus secretários muita simplicidade, delicadeza e informalidade no trato. Os nossos bispos ficaram mais tempo com o papa do que o normal e saíram contentes do encontro. Vamos torcer para que daí venham bosn frutos para Belo Horizonte. Forza Brasile!

sábado, 12 de junho de 2010











O fechamento do ano sacerdotal na Igreja realizou-se com uma Missa presidida pelo Papa e concelebrada pelos padres que estavam presentes, ocasião rara. Estive lá junto com outros milhares de padres de todas as partes do mundo na Piazza di San Pietro. Foi talvez a maior concelebração do mundo. De fato, nunca ouvi falar de uma celebração com tantos padres juntos. Tudo o que for branco nas fotos é padre! A missa durou 2 horas e foi muito bonita. Gostei da homilia que o papa fez em fala ágil mencionando as dificuldades da Igreja e a missão dos padres. O sol, contudo, não deu trégua. Muitos de nós padres estávamos já posicionados para a missa uma hora e meia antes e fomos tostados. Alguns padres se defenderam com chapéus, óculos escuros, guarda-chuvas ou a própria estola. Nos paramentamos na Aula Paulo VI (foto). Foi a primeira vez que entrei nesta sala ou auditório onde o Papa costuma fazer suas audiências. O encerramento do ano sacerdotal coincidiu com a época da visita ad limina dos bispos de Minas Gerais e Espírito Santo a Roma. Nesta visita os bispos apresentam um relatório das respectivas dioceses e escutam um retorno do Papa. Assim tenho encontrado frequentemente nossos bispos. No fim, coloquei a foto do momento de descontração do pessoal de Belo Horizonte aqui em Roma. Fomos comer em um restaurante (em sentido horário), eu, Dom Joaquim, bispo auxiliar de BH, Dom Walmor, arcebispo, Pe. Nivaldo, mestrando em História da Igreja, Pe. Renato, doutorando em Teologia Dogmática, Pe. André, mestrando em Teologia Espiritual, Pe. Danilo, mestrando em Liturgia. É um time bom e, agora, reanimado pela fala do papa e a pizza italiana!