Enquanto estivemos em Configni, tomamos as refeições na casa de dona Marguerita. Ao seu lado está o seu filho Andrea, torcedor da Juventus, o Pe. André Erick (aqui o chamam também Andrea, porque soa melhor para os italianos) e Pe. Adriano, que nos convidou para esta visita. As refeições são verdadeiros ritos... Pode variar, mas aqui seguíamos a seguinte ordem: Primeiro um ante-pasto, depois uma massa, depois uma carne, depois algo de salada e, finalmente, uma sobremesa. Tudo acompanhado por vinho e, depois, um digestivo. Ficávamos na mesa quase duas horas. Detalhe: como estamos no interior, tudo é feito pela dona da casa (incluindo o vinho, o liquor, o açougue é da família, a salada vem da horta, o molho é feito com tomate plantado por eles etc.). Alguém pode dizer: "comeu como um padre" ou, mais oportuno, "comeu como um italiano".
domingo, 27 de setembro de 2009
A maior parte do patrimônio histórico e cultural da Europa se encontra na Itália. Na Itália, por sua vez, a maior parte deste patrimônio é constituído pelas igrejas ou está nelas (curiosamente o mesmo se passa em Minas Gerais em relação ao país). Aqui coloquei fotos de um lugar perto das capelas onde celebramos em Configni onde, no passado, deve ter existido uma igreja, hoje em ruínas. Aqui se vê o altar antigo. Na Itália existem tantos lugares historicamente relevantes que, apesar do dinheiro trazido pelos turistas e do país estar entre as grande economias mundiais, falta dinheiro para restaurar tudo o que precisa ser cuidado (intervenção cara).
Depois de um período recluso no Pio-Brasileiro, fui convidado neste fim de semana a visitar, com um colega, uma paróquia no interior da Itália. O lugar se chama Configni, e fica quase na fronteira de Lazio e Umbria. É uma pequena vila medieval. Aqui coloquei a foto de algumas capelas onde celebramos ou visitamos. Foi uma experiência interessante para conversar coms italianos, que em geral gostam dos padres brasileiros por serem mais próximos. Além disso, comecei a aprender a celebrar a missa em italiano. Como regra, poucas crianças e jovens nas igrejas e mais idosos. Uma única exceção, tivemos um coro de crianças cantando numa celebração e nos lembramos do Brasil...
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Esta é a Basílica dedicada a Santa Clara. Em Assis, é proibido tirar foto dentro das igrejas. A cruz de São Damião original foi trazida para cá (a que vemos na foto da capela de São Damião é uma cópia). Em geral achei o clima de Assis mais silencioso e místico do que em Roma. Mesmo dentro das Igrejas muito visitadas, o clima é mais orante.
Aqui temos a foto da capela de São Damião, onde Francisco teria ouvido o Senhor pedindo para que ele reconstruisse sua Igreja. Aqui viveram as mulheres que seguiram o ideal de Francisco, sendo Clara a líder. Coloquei o local onde Clara faleceu (no dormitório onde as irmãs, juntas, dormiam no chão). A capela mais arrumadinha é mais nova, uma ampliação do complexo original. Aí vemos um quadro com a figura de Clara e sua irmã de sangue, Inês, ao lado da cruz. Para quem não sabe, Clara teve uma irmã que também seguiu a Francisco. Ambas foram espancadas pelo pai quando soube o que pretendiam fazer. Esta parte da visita é a que mais me tocou, pois é o local menos tocado pelos excessos da devoção, permanecendo simples e despojado.
Aqui estamos na casa onde cresceu Francisco. O pai era comerciante rico. Nesta época é que as pessoas de posses começaram a dormir em quartos separados, pois até então era todo mundo no mesmo cômodo. Ali estou no quarto de Francisco com um padre mestre em espiritualidade franciscana que nos explicou tudo nos mínimos detalhes. Coloquei aí também a foto da grade atrás da qual o pai de Francisco o prendeu quando quis sair para ser pobre. é um espaço de +- 1,5m de altura, 60 cm de largura e mais 1 m de comprimento. A mãe ficou com pena e o soltou. Francisco nunca mais voltou.
Aqui vemos uma foto da Basílica dedicada a São Francisco. A construção começou logo após a morte do Santo, contrariando a vontade de Clara, pois sentia que a idéia era contrária ao ideal de pobreza de Francisco. Nós celebramos numa capela que fica embaixo da Basílica. Quem tiver fé conseguirá me encontrar na foto.
domingo, 13 de setembro de 2009
Hoje fomos a Assis. A cidade é linda, tudo convida à espiritualidade. A Igreja aqui fotografada é Santa Maria degli Angeli, e dentro dela tem uma igrejinha onde Francisco ficava e dormia com seus companheiros (Porciuncula), ou seja, havia uma igrejinha minúscula e depois construiram ao seu redor esta grande. Aí acabei comprando um livro com os escritos de Francisco e Clara.
Estes são meus professores de italiano, o Mino e a Angela. Achei que eles mereciam uma foto aqui, pois passo quatro horas por dia com eles... Mino trabalha mais a gramática e a Angela conversação (fica provado, mais uma vez, que as mulheres falam mais). Ela, nesta foto, usa um vestido feito no Brasil, do qual gosta muito. Eu estou fazendo propaganda da seleção-canarinho.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Nas fotos vemos o hall interno da Universidade gregoriana (pe. André no centro). Esta possui vários cursos de filosofia, teologia, psicologia, mas o mais forte aqui é a teologia dogmática.Aí vai também a foto da entrada da Gregoriana (prédio cinza).
Há ainda uma foto do pátio interno do Angelicum, instituto especializado em Direito Canônico e Filosofia (tomista). Fomos recebidos pelo decano que disse: "quem vem a Roma estudar Teologia perde a fé, quem vem estudar Filosofia perde a razão e quem vem estudar Direito perde tempo..." Rimos, mas fiquei pensando: não vou estudar nem filosofia, nem direito e nem propriamente teologia; o que será que vou perder?
O prédio laranja é o Pontificio Instituto Bíblico, onde vou estudar. Não é grande, mas é, junto com a Escola Bíblica de Jerusalém, um dos dois institutos mais renomados no mundo para estudos bíblicos, famoso (ou mal-afamado) pela exigência e rigor.
Segunda-feira, 07 de setembro, tivemos aqui em casa uma missa especial pela independência. Estiveram presentes os embaixadores brasileiros aqui em Roma. Aqui existem 4 homens com status de embaixador: um junto a Santa Sé (foto abaixo), um junto ao governo da Itália, um junto a um órgão da ONU e o cônsul geral (só este último não compareceu). Presidiu o cardeal Dom Claudio Hummes. Passei vergonha, mas acabei tocando para o corpo diplomático brasileiro na missa, o que nunca imaginara fazer. Ao final, comes e bebes oferecidos pela embaixada (Tinha até guaraná Antartica!!!).
domingo, 6 de setembro de 2009
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