quarta-feira, 25 de agosto de 2010











Apresento agora algumas pessoas com quem convivo aqui na Alemanha durante estes meses. O grupo é muito variado, com gente de muitos lugares diferentes. Na primeira foto, estão Adi, a jovem de Israel e Michel, do Líbano. Esta é uma amizade possível apenas pelo fato de que se encontram fora do Oriente Médio, pois os dois países são inimigos e possuem uma história de graves conflitos. Michel brinca que Adi é, e será provavelmente pelo resto da vida, sua única amiga de Israel. Ambos querem o fim das hostilidades entre os dois países e o fim da ocupação de Israel na Palestina. Adi trabalha com conscientização política no interior da sociedade israelita, contra o tratamento desigual dado aos palestinos. Ela não é religiosa e caiu de pára-quedas no meio dos padres e freiras aqui em Bonn. Ela estuda comigo o hebraico (moderno). Michel é cristão oriental e veio à Alemanha para o doutorado em Filosofia. Encontramos aqui em Bonn também um casal de cientistas brasileiros que fazem pesquisa na área biológica aqui na Universidade de Bonn. Nos tornamos amigos. Domingo passado o Rodrigo e sua esposa nos convidou para um almoço (foto). Eles fizeram nada mais nada menos do que feijão tropeiro! Tinha mais de ano e meio que não comia isso! Comemos exageradamente e brindamos ao progresso do Brasil. Outra pessoa que conheci aqui foi uma jovem alemã de Leverkusen, que mora e estuda em Bonn (matemática!). Ela se chama Sina e nos conhecemos pelo programa Tanden, pelo qual estudantes de língua materna diferentes se encontram para praticar os idiomas de interesse dos mesmos. No caso, quando nos encontramos, falamos alemão uma parte do tempo e outra o português, pois quando criança morou um tempo no Brasil, e agora quer recordar a língua. É interessante porque, além de me ajudar a falar o alemão, me apresenta aspectos da cultura daqui. Por exemplo, me fez comer um Waffel com cerejas que é típico desta região da Alemanha (Rheinland). Uma delícia! Por fim coloquei uma foto do grupo com o qual estudo no Instituto. Tem gente da Polônia, Argentina, Turquia, Etiópia, Quênia, Indonésia, India, Brasil e, obviamente, a professora alemã. É um grupo unido e muito divertido, o que faz o nosso estudo aqui mais leve.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010











Bonn também possui uma diversidade de pontos turísticos. Devagar, à medida que os estudos nos permitem, nós procuramos visitar estes locais. Uma coisa interessante são os passeios de barco no Rhein, que podem ser mais curtos, como o que fizemos (Bonn-Königswinter), ou mais longos (até Düsseldorf, por exemplo). São passeios agradáveis e as naves são muito elegantes, como se pode ver pela foto no interior daquela que usamos (peço perdão pelo tênis e meia do argentino à esquerda na foto, mas ele é incorrigível). Não são passeios muito caros, mas nós estudantes estamos fazendo tudo de graça, devido à generosidade da prefeitura de Bonn, que concede entradas para várias atividades culturais aos novos (provisórios) habitantes da cidade. A Universidade de Bonn mantém um Jardim Botânico que, embora não muito grande, é bonito. Nele vi várias espécies de plantas brasileiras. É uma opção interessante para nós, pois é próximo do nosso instituto e ajuda a relaxar para aprender vocabulário, declinação de adjetivos, voz passiva etc. Coloquei também a foto de um castelo (Schloss Drachenburg)que fica numa montanha nas imediações de Bonn. O lugar chama-se Drachenfelds e oferece uma vista bonita do Rhein e das cidades vizinhas. Longe de estar entre os castelos mais famosos da Alemanha, é belo e chama a atenção de longe. Apesar destes pontos de interesse para o turismo, a maior atração de Bonn para mim continua sendo o clima de hospitalidade para com os estrangeiros que percebemos na cidade, tradicionalmente cosmopolita por ter sido já fundada pelos romanos no tempo do império e ter sido capital da República Federal Alemã antes da reunificação da Alemanha com a queda do comunismo.

sábado, 7 de agosto de 2010











O passeio a Düsseldorf me agradou muito. Enquanto Köln é o dobro de Düsseldorf, esta é o dobro de Bonn. É uma cidade com mais construções modernas, mas mantém áreas com construções antigas. Bem no centro da cidade fica o Hofgarten, um parque bem grande com área verde e animais silvestres. Lá me surpreendeu um esquilo curioso que se aproximou sem medo, cheirou-me a poucos centímetros e foi-se embora. Esta mistura de natureza, cidade antiga e cidade moderna é bem interessante. Nas fotos, o museu de Goethe, onde estão à mostra objetos relacionados à vida do escritor. O prédio na foto seguinte é a Rathaus (prefeitura) que fica em uma bela praça na área antiga da cidade. Düsseldorf, como Bonn e Köln, também fica às margens do Rhein e é possível ir de uma cidade a outra de barco, o que é bonito, mas demorado e caro, pelo que preferimos sempre viajar de trem. Nas fotos seguintes, vemos o Rhein e ao fundo uma torre imensa. É a Rheinturm, onde se pode subir a cerca de 180 metros (de elevador!) e observar toda a cidade. Foi o que fizemos. No início, chega a dar tontura lá do alto, mas a vista em todas as direções compensa. Até aqui achei as cidades alemãs encantadoras.