segunda-feira, 13 de dezembro de 2010









A visita a Massada foi muito especial para mim. Há muito tempo li a história deste lugar e ficava imaginando como era esta fortaleza. Sabia que, nesta montanha, um pequeno grupo de rebeldes judeus resistiram por 3 anos contra a força militar romana que cercava a fortaleza. Quando vi Massada a primeira vez entendi como foi possível resistir ao cerco romano aqui contando com precários recursos. O lugar é um platô relativamente amplo que permite a contrução de habitações e cultivo de alimentos, no alto de um monte praticamente inacessível. Por muito tempo os romanos tentaram, sem sucesso, entrar na fortaleza, tendo que se contentar apenas com a construção de acampamentos em torno da montanha. Com muito esforço os romanos tiveram de construir uma imensa rampa (com terra) para chegar no nível das muralhas e então abrir uma brecha nas fortificações. Para a surpresa dos mesmos, quando finalmente entraram, encontraram os rebeldes mortos: diante da perspectiva da derrota e da submissão à escravidão romana, os rebeldes optaram pelo suicídio. Nas fotos, a vista do Mar Morto a partir do alto de Massada; as ruínas do palácio que Herodes, o Grande, construíra ali muitos anos antes da revolta judaica; do alto, vista dos restos de um dos acampamentos romanos ao redor da fortaleza na época; vista da íngreme muralha natural que constitui Massada e, ao fundo, parte da rampa construída pelos romanos (menos elevada que à época, devido à erosão dos últimos 2.000 anos).

domingo, 5 de dezembro de 2010











Atendendo a pedidos, as fotos do Mar Morto. A primeira fot, no entanto, é de uma cachoeira em En Gedi, hoje uma reserva natural do que foi no passado um tipo de oásis entre o Mar Morto e o deserto. A reserva é cortada por dois vales e possui quatro fontes de água doce. À beira do Mar Morto, existe uma estrutura praiana semelhante a muitas cidades litorâneas. Como se sabe, aqui nos encontramos no ponto mais baixo do planeta, cerca de 400 metros abaixo do nível do mar. A água que chega no Mar Morto ali fica até evaporar e este processo, ao longo de milhares de anos, fez com que a água se tornasse excessivamente salgada (de fato, em hebraico o nome dado ao Mar Morto é Mar de Sal). Não é recomendável mergulhar a cabeça na água, porque pode arder demais os olhos e boca. Já no contato da pele com a água sentimos uma ardência e, caso possuamos algum imperceptível arranhão ou corte, nos damos conta de sua existência imediatamente, pois o sal faz arder bastante. Pela densidade da água, é fácil boiar. Tão fácil que mais justo seria dizer: é difícil imergir. Enfim, na Terra Santa a geografia apresenta sempre curiosidades únicas.