domingo, 30 de janeiro de 2011















Continuando com algumas fotos de Jerusalém, um dos lugares mais significativos aqui é o chamado Muro das Lamentações. Este muro encontra-se na parte oeste do monte do Templo (existem restos do muro nos quatro lados) e é onde os judeus mais religiosos vêm lamentar a destruição do Templo em 70 d.C. Próximo a esta área ficam alguns judeus mais proselitistas tentando descobrir entre os visitantes quem é judeu, para incentivar um pouco mais de fervor religioso no mesmo. Como a chegada aqui se dá pelo bairro judaico, é preciso passar por um controle da segurança, com detector de metais etc. Na outra foto pode-se ver a área interior da torre de Davi (historicamente não tem nada a ver com Davi...), uma espécie de cidadela cuja estrutura atual foi construída no século XIV. Aqui é apresentado um belo espetáculo à noite sobre a história de Jerusalém, quando as cenas são projetadas nas próprias muralhas. É belíssimo. Coloquei também a foto da Igreja de São Pedro em Gallicantu, a sudoeste da cidade antiga, onde Pedro teria chorado após ter negado Jesus e escutar por três vezes o galo cantar (e assim recordar as palavras de Jesus que o havia previsto). A outra foto é o registro da maior descoberta arqueológica em Jerusalém no século XX. N. Avigad, um arqueologista, escavou o bairro judaico na cidade antiga e descobriu um muro de 7 metros de largura do século VIII a.C. Foi a prova definitiva que Jerusalém, antes do exílio, era realmente uma grande cidade (como sugere o relato bíblico) e não uma pequena vila, como propuseram alguns estudiosos. Em Jerusalém, talvez mais que em qualquer outro lugar, as pedras falam...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011











Aproveitando os últimos dias aqui em Israel, coloco no blog algumas fotos de momentos importantes para mim este semestre aqui. A primeira foto é a foto da entrega dos diplomas pela Universidade Hebraica a nós, estudantes do Bíblico. Pela primeira vez, os estudantes receberam os diplomas antes de fazer as provas finais!!! A cerimônia ocorreu dentro do museu que temos aqui no Biblico, com achados arqueológicos do período Calcolítico encontrados por jesuítas (temos até uma múmia aqui!). Sentados, na primeira fila estão os professores e em pé, atrás, os estudantes. O grupo é tão diversificado que, quando alguém pergunta de onde somos, respondemos: "Das Nações Unidas". Durante os estudos de arqueologia em Jerusalém fizemos visitas a sítios arqueológicos dentro da cidade. Na foto, o túnel de Ezequias. Este rei mandou construir uma longa galeria para levar água da fonte de Gihon, fora dos muros, para o interior da cidade, e assim suprir a população com água para suportar o cerco dos exércitos assírios. Também nas fotos a Ceia de Natal que tivemos em Belém. Num dos cursos aprendemos a cantar algumas canções hebraicas e acabamos sendo intimados a cantá-las no hall da universidade na semana de Hannukah. Se o hebraico não foi lá estas coisas, ao menos os outros estudantes gostaram da interrupção das aulas...

sábado, 15 de janeiro de 2011











Enquanto me preparo para os exames finais na Universidade Hebraica, apresento algumas imagens de Jerusalem, alguns cenários interessantes da Cidade Santa. Na primeira foto estou diante do Horto das Oliveiras, supostamente o que é mencionado nos Evangelhos. O pôr do sol visto do alto do Monte das Oliveiras, no fundo se vê a cidade antiga e, em primeiro plano, o cemitério judaico (há uma lenda segundo a qual os primeiros judeus a serem ressuscitados serão os que forem enterrados aqui!!!). Foto da Abadia da Dormição (Monte Sion), onde se diz que Nossa Senhora teria sido Assunta aos céus. Quanto a foto do camelo, bem, não podia deixar de colocar no blog este belo e mal-cheiroso animal...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011











Fizemos uma visita à Samaria, que hoje é parte do West Bank, ou seja, território ocupado de Israel. Como consequência, os sítios arqueológicos aqui não são bem cuidados. Uma das coisas interessantes que pudemos visitar foi o local onde a pequena comunidade samaritana celebra a Páscoa. Esta comunidade, remanescente daquela que conhecemos dos tempos bíblicos, aceita como texto sagrado apenas o Pentateuco (a Torah), rejeitando os escritos dos profetas e todo o resto. Como consequência, obviamente não obedecem as regras criadas pelos rabinos para a liturgia da Páscoa. Nesta ocasião sacrificam cordeiros e comem juntos. Na foto podemos ver uma canaleta por onde deve escorrer o sangue dos animais abatidos. Outro lugar interessante que visitamos foi o poço de Jacó, local onde, no Evangelho de João, Jesus teria dialogado com a mulher samaritana (foto). Sobre o poço existe uma bela igreja oriental. Na última foto, Edilberto, um bem-humorado colega filipino. Inevitável nesta visita, porém, foi ver a condição de vida inferior da população. Observando as ruínas, imaginamos as rupturas do passado enquanto experimentamos as rupturas do presente.