quinta-feira, 26 de maio de 2011




Na Jordânia, visitamos também o Wadi Rum. Wadi é uma palavra que designa estes leitos de rio que cortam o deserto. Na realidade, não há propriamente rio nenhum, mas, quando chove, a água da chuva converge para o Wadi e ali corre veloz. Por isso, é perigoso estar na área de um Wadi em caso de chuva, pois a água chega de repente e com violência, arrastando tudo o que estiver ali. Com esta visita, pudemos conhecer um pouco o deserto. Tivemos um guia que nos levou nesta bela caminhonete (foto). Não é possível circular no deserto em automóveis normais. Este é o lugar onde o chamado Lawrence of Arabia agiu liderando uma tribo árabe contra os turcos no período da Primeira Guerra Mundial. Muito calor, muita água, muitas formações rochosas curiosas, como esta em forma de cogumelo (foto). Em alguns pontos, parece que estamos em um mar feito de areia (foto). Caí na bobeira de descer deslizando numa destas montanhas de areia (muito legal!) e acabei cheio de areia em todos os componentes do meu vestuário (me refiro especialmente às meias!). O guia nos levou também a um ponto onde desenhos antiquíssimos foram gravados na rocha de uma montanha. Enquanto isso o mesmo guia nos contava as histórias mais curiosas (algumas inverossímeis) a respeito do deserto e, na hospitalidade típica do oriente, nos disse para retornar ao Wadi como seus convidados. Ele mesmo foi uma atração à parte, com os seus causos engraçados e mentirosos. Não sabendo que éramos todos padres, falou até do que não devia, como as suas aventuras extra-conjugais com mulheres de outras tribos, mas afirmando ao final a importância do seu casamento: "a life without a wife is like a kitchen without a knife!" (uma vida sem uma esposa é como uma cozinha sem uma faca). Ok, em seguida nos acompanhou até a fronteira com Israel e nos despedimos da Jordânia para os últimos dias na Terra Santa.

domingo, 8 de maio de 2011




No retorno do Egito, alguns amigos do Instituto Bíblico decidimos separar-nos do grupo e conhecer a Jordânia. Foi um passeio excepcional e relativamente barato, já que da fronteira Egito-Israel até Israel-Jordânia se chega com 10 minutos de carro. Além disso, optamos por uma hospedagem bem barata, como convém a pobres estudantes. Enfim, chegamos a Petra, sítio arqueológico belíssimo, cenário do terceiro filme da série do Indiana Jones (aquele do cálice sagrado, lembra?). Estes monumentos esculpidos na própria rocha das montanhas foram feitos pelos Nabateus, cultura extinta no período do império romano. Este povo enriqueceu por controlar rotas de transação comercial e tiveram seu período áureo entre o século III a.c. ao século I d.c. O sítio é imenso e é inconcebível visitar tudo em um só dia. Nós, por motivos óbvios de economia resolvemos aceitar o desafio de percorrer tudo em um só dia. Caminhamos durante quase 10 horas e terminamos esgotados. A visão do lugar é impressionante. Difícil imaginar o quanto era difícil construir estas habitações em pedra, muitas delas gigantescas. Para chegar ao sítio descemos alguns quilômetros por um estreito caminho entre as montanhas (foto). Logo que chegamos, porém a primeira visão é o chamado Tesouro de Petra (primeira foto). É tão magnífico que nos perguntamos se teria mais alguma coisa para ver. Na outra foto, o grupo dos bravos aventureiros: da esquerda para a direita, Tomaz (gênio polonês), Ieroslav (louco ucraniano), Gregory (chefe norte-americano) e Leonardo (exausto brasileiro). É fantástico, mas tem que ter boa disposição física, do contrário, é melhor assistir o filme...