sexta-feira, 8 de janeiro de 2010






















A Paróquia de Santa Maria Maggiore, onde trabalhei, é bastante frequentada. A Igreja é bem grande. Como expliquei antes, a parte mais importante do meu trabalho lá foi o atendimento de confissões, sendo que também os jovens e crianças procuram muito o sacramento. Nos domingos e dias de festa ficava de plantão (+- por 5 horas) para as confissões. Apesar do grande número de atendimentos, são geralmente muito rápidos, pois o italiano é muito objetivo na confissão, não faz rodeios e não fica contando pecados de outrem, como comumente acontece no Brasil. O atual pároco (foto) é Don Domenico, já com 80 anos, e precisava mesmo de uma mão. É já um velhinho muito gentil e querido pela população, pois trabalhou ali a vida inteira. O Natal é celebrado com solenidade, como no Brasil, montam o presépio dentro da Igreja e, este ano, os jovens prepararam um pequeno teatro do nascimento de Jesus. Apesar disso, a pastoral aqui é muito centrada nos sacramentos e depende demais da presença do padre, uma mentalidade que, comparada com a nossa prática no Brasil, está atrasada. Coloquei também a foto de um coral formado só por moças, o único da paróquia. Cantam bem, fazem trabalho de coral mesmo. O revés é que o povo não canta e o coral acaba executando as músicas sozinho. Não é demérito do coral, o povo não canta nunca... A imagem de Nossa Senhora na foto é do século XVIII e foi restaurada recentemente por um preço alto. Acaba que o patrimônio histórico das Igrejas italianas, ainda que seja um orgulho e importante para os fiéis, já que expressa a devoção das pessoas, torna-se hoje um peso para uma Igreja que não dispõe de muitos recursos para sua manutenção. Senti-me bem acolhido pela população e espero poder voltar lá um dia.

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